
Conhecer a fundo o negócio do cliente é um dos fatores primordiais para um relacionamento duradouro e frutífero. Essa premissa, de inegável importância no meio empresarial, pode constituir um enorme desafio para prestadores de serviços de diversos segmentos, mas não para o operador logístico, ou ao menos para os melhores operadores logísticos do mercado. Isso porque, na logística, compreender o ramo de atividade e as particularidades da empresa contratante são elementos tão básicos, tão inerentes ao setor, que o prestador que ignora essa necessidade simplesmente não tem nenhuma chance de sobreviver em um ambiente de competição cada vez mais ávido por serviços feitos com excelência.
O operador logístico que trabalha para uma empresa de produtos químicos precisa conhecer as características dos itens que manuseia, sob o risco de contaminação, por exemplo. Para aquele que presta serviços para o ramo da saúde é essencial saber preservar os medicamentos armazenados e transportados, para que não percam seus atributos. Da mesma maneira, o setor de alimentos exige cuidados especiais de conservação, eletrodomésticos precisam de embalagens que garantam sua integridade, itens inflamáveis requerem armazenagem controlada e cargas de projeto são movimentadas utilizando veículos especiais devido ás dimensões e ao peso elevado.
Mas na logística conhecer a fundo o negócio do cliente vai muito além de simplesmente identificar as peculiaridades dos produtos com os quais se vai lidar. É determinante que o operador entenda plenamente as atividades desempenhadas pelo contratante para que seja capaz de oferecer a melhor solução possível para sua cadeia logística, seja atuando em um dos elos que compõem o supply chain ou no processo como um todo. Justamente por isso, conservar um bom relacionamento e ter grande proximidade com seus clientes devem estar entre os princípios mais básicos de todo bom operador logístico. E existe um segmento da logística que eleva esse fator à máxima potência: a prestação de serviços in house.
Conceitualmente, a logística in house é aquela realizada dentro da unidade do cliente, como diz o próprio nome, que significa, literalmente, “em casa”. “O setor automotivo foi pioneiro nas práticas de terceirização in house nas fábricas, mas hoje em dia temos atividades nesse formato em todos os segmentos de mercado”, conta Rodrigo Bacelar, diretor Comercial, de Marketing e Projetos da ID Logistics no Brasil. O executivo explica que os principais fatores que levam uma companhia a optar pela terceirização de serviços logísticos dentro de suas unidades são a redução de custos, a redução de mão de obra própria e a oportunidade de manter o foco em seu core business.
Especialização
“Quando assume uma operação in house, o operador logístico está, na verdade, aportando todo o seu know-how para o dia a dia do cliente. E por que o cliente opta por contar com uma empresa prestadora em vez de ele mesmo fazer o serviço? Simplesmente porque o operador logístico, como especialista na sua área, vai saber fazer tudo melhor e com mais produtividade”, resume o vice-presidente de Logística Geral do Grupo TPC, Luiz Eduardo Chamadoiro. A companhia, que presta serviços logísticos por meio da Pronto Express, possui atualmente um total de 54 operações, sendo cerca de 30% delas in house. Dentre os principais setores atendidos estão o cosmético, o automotivo, de telecomunicações, medicamentos e bens de consumo. “A Pronto Express conta com 4 mil colaboradores, e 1.200 estão alocados em unidades de clientes”, diz o executivo.
Fonte: Revista Tecnologística