Entrevista com Jorge Miakawa – Diretor Geral da TWx

Iniciamos hoje um ciclo de entrevistas com nossa Equipe TWx.

Vamos aproveitar esse período em que estamos em casa em Home Office para trocarmos experiências valiosas.

Começaremos com nosso diretor Jorge Miakawa para dar as diretrizes dessas conversas que teremos com outros integrantes.

Acompanhem.

Gisele Alves: Fale um pouco de você, de sua carreira e formação.

Jorge Miakawa: Sou formado em Engenharia Mecânica (Escola de Engenharia Mauá) e Marketing (ESPM) e um dos sócios fundadores da empresa em 1988.

Completaremos em 2020, 32 anos de empresa. Foi praticamente meu primeiro emprego.

Gisele Alves: E, como foram esse 32 anos como empresário?

Jorge Miakawa: Ser empresário no Brasil não é tarefa fácil. Exige muita perseverança, confiança e dedicação.

É fácil entender: em 32 anos, tivemos 5 moedas nesse período (Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro, Cruzeiro Real e atualmente o Real). Tivemos um período de hiperinflação que chegava a 80% de índice de inflação ao mês. Vinham pesquisadores, economistas de outros países para estudar e aprender como é viver e administrar empresas com essas taxas. Nossos jovens de hoje nem sabem o que é isso, pois já nasceram durante o Plano Real.

Tivemos ainda o atentado aos Estados Unidos de 11/09/2001, impeachment de 2 Presidentes da República, Gripe Aviária, H1N1, dengue, Zika, ebóla, vaca louca, Chernobyl. Isso é o que posso lembrar rapidamente, mas tenho certeza que houve outros casos que afetaram muito a economia ao longo desses anos.

Gisele Alves:  A que atribui essa “longevidade” da TWx, visto que no Brasil a maioria das empresas de tecnologia nacionais, fecham até o seu 5º ano de funcionamento ?

Jorge Miakawa: Teimosia é a primeira palavra que me vem a mente. Depois o fato de que excluímos o verbo “desistir” do vocabulário.

Preocupar-se com qualidade também é fundamental. Ter um bom produto, ser correto com o cliente e ter transparência em tudo que fazemos, ajuda muito.

O mais importante: Ter sempre uma equipe de integrantes, bem formados, treinados e competentes é a chave do negócio.

Gisele Alves: Quais são os planos para 2020?

Jorge Miakawa: Nenhuma empresa sobrevive sem um bom plano de negócio. Nosso plano é de crescimento. Nos últimos 10 anos só registramos crescimento, nos últimos anos pequenos índices de crescimentos, mas sempre positivos.

Gisele Alves: Crescer mesmo durante a Pandemia do Novo Coronavirus?

Jorge Miakawa: Claro que quando se fala em crescimento pensamos em aumento de faturamento, mas existem outras formas de crescimento neste momento.

Por exemplo, investir em desenvolvimento humano. Realizar treinamentos da Equipe, discussões de estratégias envolvendo todos os integrantes e sintonia para que não se perca nenhuma nova oportunidade de negócio.

Todos devem saber de tudo e sobre todos neste momento. É hora de muitas reuniões (web), discussões e conversas.

Gisele Alves: Essa estratégia de comunicação chega até seus clientes? De que forma se vocês não podem visitá-los com frequência ?

Jorge Miakawa: “O cliente é quem paga nossas contas”. Essa é a grande máxima na área de serviços. Então, ele é o SER mais importante e que merece a maior atenção neste momento.

Nossos clientes, na sua maioria no segmento fabril, não pararam e tão pouco reduziram suas atividades. Temos relatos de que aumentaram suas capacidades de produção, aumentaram seus turnos de trabalho e em consequência estressaram muito mais a utilização de nossas soluções (software AUTOLOG WMS).

Eles queriam saber, como poderiam ter segurança da “disponibilidade do sistema” neste período.

Estamos em regime de home office desde 17/03, desde o dia 1 do distanciamento social proposto pelo Ministério da Saúde. Durante nossas reuniões com toda a equipe, tivemos a ideia de convidar nossos clientes a participarem de nossas reuniões internas.

Gisele Alves: Qual foi a repercussão disso? Afinal, não é muito comum realizar reuniões internas com seu cliente participando.

Jorge Miakawa: De fato, alguns de nós ficamos apreensivos no início. Mas posso te afirmar, que as repercussões foram as melhores possíveis, até o momento.

O cliente vendo nossas “imagens” e percebendo que todos estávamos ali presentes, ouvindo-os, teve tranquilidade para entender que a TWx estar em home Office, não afeta em nada a nossa capacidade de atendimento.

Entendemos que a grande aflição dos nossos clientes era não ter certeza, se estaríamos disponíveis, caso tivesse algum problema nas nossas aplicações de software durante seus turnos ampliados de trabalho.

Houve vários feedbacks positivos em relação a essas reuniões. Realizamos muitas reuniões nesse modelo desde então.

Gisele Alves: Então a TWx aumentou a capacidade de atendimento à base instalada de clientes?

Jorge Miakawa: Sim, toda a equipe está direcionada ao atendimento de nossos clientes. Há equipes para dar continuidade aos Projetos Novos em andamento e Equipes focadas somente ao suporte técnico.

Gisele Alves: Para finalizar, como você vê o momento pós Pandemia?

Jorge Miakawa: Acredito que nem se tivesse uma bola de cristal saberia a resposta. Nunca vivemos um momento como esse. Não há na história moderna uma Pandemia Global para nos basearmos nas “melhores práticas”.

Mas vou te dizer o que estamos fazendo. Investindo em nosso capital humano. Nosso conhecimento é adquirido internamente, nosso integrante é “construído” ao longo de anos de convívio e treinamento. É uma pedra preciosa que é lapidada ao longo do tempo.

Muitas empresas estão tendo que se adequar aos novos números e para tal estão demitindo seus funcionários, reduzindo suas jornadas de trabalho.

Se fizermos isso neste momento, a TWx sobreviverá agora, mas não resistirá no futuro quando tudo isso passar.

O que me motiva? Nossa Equipe Twx, para quem agradeço de coração.

Precisamos voltar a falar em breve do AUTOLOG WMS – Essencial. Abraço.

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